Alguns dias atrás, em uma entrevista Batistuta declarou: “Nada de carrão e trabalha tirando xerox”, filhos de Batistuta têm vida ‘comum’: “Que meus filhos trabalhem é dignidade”
Talvez, e não tenho nem tanta certeza, há algumas décadas poderia caber essa “lição de vida”, onde os parâmetros para o sucesso na escalada eram diferentes, mas certamente não hoje.
O filho de uma pessoa que conquistou com suas próprias forças e determinação uma posição social e econômica tem uma grande fortuna que não pode desperdiçar retornando ao ponto zero com quem irá sucedê-lo.
Isso significa que o bom Batistuta terá jogado bem sim no passado, mas ainda não entendeu qual é o mindset certo para administrar o dinheiro, sim, porque deixar o filho iniciar do zero, fazê-lo trabalhar tirando xerox, pensando que esse gesto é equivalente a se construir a própria dignidade, corta infinitas possibilidades de desenvolvimento em um ambiente potencializador que poderia ser para ele simplesmente familiar.
Tudo isso é altamente prejudicial para um filho de uma pessoa milionária, porque ele não tem e não terá a configuração mental correta para o gerenciamento patrimonial. Imagine que Batistuta irá deixar amanhã o patrimônio para seu filho, o que ele poderá fazer? Provavelmente comprará uma loja de cópias, enquanto com as possibilidades que tem hoje, poderia se concentrar na formação de gestão administrativa e investimentos de capital ou na formação no mundo do empreendedorismo.
Estas são as cartas nas mangas para se tornar alguém, a sorte de nascer em uma condição próspera, por que desperdiçar tudo isso? Por que não melhorar o que vem a seguir, mas esmagá-lo com uma mentalidade pequena e inútil? Os filhos devem superar os pais sempre e os pais devem ser os primeiros mestres da vida, eles devem introduzir os filhos em ambientes de capacitação, que possam ajudar para alcançar a melhor versão da pessoa.
Batistuta foi um bom jogador, seu filho, ao que parece, não joga futebol, mas pode sempre fazê-lo se tornar um grande empreendedor e não se esconder atrás do neologismo: humilde trabalho = dignidade.
Ter a chance de ter tudo isso e jogá-lo ao mar é um desperdício enorme, especialmente hoje que tomamos um voo para ir no outro lado do mundo e participar a um curso de algumas horas de alguém mais experiente que possa nós ajudar a fazer aquele “clique mágico mental” trazendo nosso mindset para outro nível.
A dignidade não tem nada a ver com o trabalho humilde, quando se tem a sorte de ter um terreno fértil é preciso cultivar cada centímetro quadrado e não queimá-lo para reavivar o esforço novamente.