Todos nós falamos com nós mesmos, em voz alta ou silenciosamente, é o nosso diálogo interno.
É um hábito que nasce na infância, as crianças fazem isso em voz alta quando brincam com uma boneca, ou falam com seu amigo imaginário. Eles internalizam as conversas que têm com os adultos e usam-nas como modelo para conversar consigo mesmas, concentrare-se e tranquilize-se. Estudos demonstraram que esse discurso privado é essencial para o aprendizado de línguas e ajuda as crianças a regularem as emoções.
Crescendo, esse hábito é mantido, adolescentes e adultos continuam a fazê-lo, mas a maioria de nós, o fazem forma inaudível.
Como é, e como usamos o diálogo interno?
“Graças a Deus hoje é sexta-feira”
“Vai dar certo”
“Eu consigo fazer isso”
“Não dá pra fazer”
“É sempre ruim”
Estes são exemplos de diálogos internos, ele entra em jogo mesmo quando alguém faz uma pergunta ou nos pede conselhos.
As avaliações que fazemos silenciosamente em nossa mente também pertencem ao nosso discurso interno, e tudo o que nós dizemos a nós mesmos todos os dias.
Às vezes o diálogo interno tende a ser positivo e isso é vantajoso, aumenta a autoestima e ajuda a se colocar da melhor forma e com o bom estado de espírito e atitude para enfrentar a vida cotidiana.
Às vezes tende a ser negativo e isso funciona contra nós porque reduz a autoestima e nossa capacidade de acessar os recursos pessoais adequados.
Estudos mostraram que o diálogo interno é usado para coisas de todos os tipos.
O uso do diálogo interno no esporte é muito bem estudado, é algo que tem sido usado há séculos, embora os psicólogos esportivos tenham reunido evidências suficientes nas últimas décadas para demonstrar o quanto um bom discurso interno pode ajudar a melhorar o desempenho atlético.
Também precisamos por exemplo, dirigir a atenção para controlar emoções, tranquilizar-nos, ter coragem, motivar-nos a agir, fazer planos para o futuro e aprender com os erros do passado e assim por diante.
O diálogo interno nos ajuda a regular nosso comportamento, através dele podemos avaliar o que fizemos no passado, entender como melhorar e planejar melhor e sobre como se comportar no futuro.
O diálogo interno nos ajuda a juntar a informação e a conectar os vários tópicos da nossa experiência, por isso precisamos dele. Para nos conhecermos melhor, temos que falar a nós mesmos.
E quando fica inadequado?
Sim, porque acontece, e muito, que os discursos internos às vezes devem ser revisados e corrigidos, quando por exemplo são muito críticos e alimentam a ansiedade e a depressão.
Exagerar com um diálogo interno prejudicial pode criar muitas dificuldades.
Pensemos em perseguir e obsessivamente continuar a repetir as coisas habituais ou as situações nas quais o indivíduo tem pensamentos catastróficos intensos e contínuos.
Esses aspectos não são os únicos, mas podem ser fatores de risco para depressão e transtornos de ansiedade.
Em sessões de coaching através de numerosas técnicas se ajuda também o coachee (cliente) a reescrever seu próprio diálogo interno de uma forma mais funcional que não cause sofrimento e que pode ser gerenciado de forma mais adequada.
Enquanto alguns têm um diálogo interno que é muito loquaz, outra pessoa tem o problema oposto, ou seja, ele não fala o suficiente consigo mesmo.
Já falamos que as crianças modelam seus próprios diálogos internos com base no diálogo com os outros, imagine a responsabilidade que temos nos confrontos deles quando falamos com outras pessoas e eles estão presentes, sim porquê o bom funcionamento do diálogo interno pode falhar por vários motivos e isso pode influenciar significativamente a qualidade da vida.
O diálogo interno nos ajuda a manter nossa identidade como indivíduos e a gerenciar adequadamente as várias situações com que lidamos todos os dias.
Um diálogo interno adequado é um dos pré-requisitos mais importantes para uma vida satisfatória e saudável. Porque a qualidade dos nossos discursos internos afetarão em todas as situações o nosso estado vital, a nossa atitude, nossos relacionamentos e a nossa capacidade de gerenciar adequadamente os ensaios que a vida nos apresenta todos os dias.
Nesses casos, um bom planejamento e bons hábitos podem ser úteis para lidar com essas situações de desconforto.
Livro recomendado “ O jogo interior de tênis” de Timothy W. Gallwey.
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MMassimo