Sempre te falo de posicionamento, hoje te conto uma bela história que dá o melhor exemplo.
Nestes meses com certeza você já ouviu, ou assistiu, ao documentário esportivo mais assistido de todos os tempos: Arremesso Final.
O documentário foi criado pelo famoso diretor americano Michael Tollin e narra a última temporada das vitórias de Michael Jordan com os Chicago Bulls.
Nos vários episódios que compõem esta série veiculada mundialmente pela Netflix, é narrada toda a vida de Michael Jordan.
Ele é considerado o atleta mais forte do mundo, uma lenda absoluta do basquete internacional o craque que, graças à sua imagem, permitiu que a marca da Nike se tornasse líder na própria categoria de mercado.
Praticamente graças a Michael Jordan, não foi somente o basquete a ganhar fama mundial se tornando um esporte aclamado no mundo inteiro, mas também uma empresa, a Nike, imagine que no final dos anos 80 era considerada medíocre e vivia na sombra das grandes empresas como a Adidas, Reebok e a Converse.
O que o campeão de basquete fez para tornar a Nike uma marca de sucesso?
Após a temporada de 1985, na qual Jordan foi eleito o melhor jovem jogador de basquete do ano, muitas das maiores empresas o contataram para fechar um contrato de publicidade.
Apesar da jovem idade dele, Michael era considerado uma verdadeira estrela.
Recebeu muitas propostas, mas no final foi convencido pelo seu empresário David Falk, a assinar com a Nike, fechando um contrato faraônico de cerca US$500.000 por ano durante 5 anos.
O acordo previa que Michael não teria de se limitar apenas a desempenhar o papel de testemunho, mas também teria de contribuir para o crescimento da empresa propondo uma linha de calçados.
Em 1985 lançaram no mercado os Air Jordan, tênis de basquete que, ao contrário dos outros, apresentavam uma câmara de ar sob o calcanhar para amortecer os impactos.
No ano do lançamento foram proibido pela federação americana de basquete por serem considerados não conformes, mas no ano seguinte foram declarados regulares e alcançaram o sucesso global e a Nike, com a venda dos Air Jordans, faturou cerca de 100 milhões de dólares.
Além disso, no ano 2019, a Nike ganhou 130 milhões de dólares com essa mesma linha de calçados.
Agora, lendo essa interessante historia, qual é a lição de posicionamento de marca que você pode aprender?
Vou te explicar.
Na prática, Michael percebeu que no final dos anos 80 os calçados esportivos, principalmente os dedicados ao basquete, eram todos iguais.
Então decidiu, de acordo com os gerentes da Nike, criar uma nova categoria que pudesse atrair a curiosidade das pessoas com um produto “diferente”.
Os Air Jordans foram os primeiros calçados “técnicos” feitos para esportes coletivos como o basquete, que permitiam aos atletas ultrapassar os próprios limites e explodir como Michael.
Moral da história?
Como ensina o mestre de “brand positioning” (posicionamento da marca), Al Ries, antes de criar e lançar a marca tem que criar a categoria.
Para fazer isso, precisa se diferenciar e não ser uma cópia ruim dos seus concorrentes.
Somente assim você evitará ficar preso dentro um mercado cheio de produtos “iguais” e competidores implacáveis.
Você tem como fazer com a sua empresa, seus produtos ou serviços, o que Michael Jordan fez com a Nike?
Sabe que podemos diferenciar até as commodities? Parece impossível, mas não é.
Quer fazer uma análise junto comigo da sua empresa e do que ela está oferecendo hoje? Me contate inbox e vamos marcar uma reunião sem compromisso, com certeza tem uma boa parte do mercado que ainda esta precisando de algo diferente