“Não tenho paciência pra televisão, eu não sou audiência para a solidão” cantava há alguns anos Marisa Monte…. É fácil dizer “não assista muita televisão”, sem considerar que é a forma de entretenimento mais em conta e acessível que qualquer família média tem em suas mãos. As crianças ficam caladas quando está ligado, e você, depois de um dia de trabalho que o esgota, muitas vezes não tem força para fazer nada além de ficar na televisão e se distrair por um momento. Tudo isso é evidente, não pode ser negado, mas temos a responsabilidade de saber o que a ciência diz sobre isso e os efeitos que faz sobre o nosso cérebro esse relaxamento passivo.
Depois de estudar a atividade cerebral ao assistir televisão, os cientistas conseguiram dizer que em apenas um minuto passa de “ondas beta” para “ondas alfa”. As ondas beta são produzidas quando o cérebro mantém todas as suas funções ativas, enquanto as ondas alfa correspondem a um estado de fantasia, semelhante à hipnose, na qual operações lógicas, compreensão, criatividade e associação são retidos.
É um estado semelhante ao que aconteceria se uma pessoa fosse forçada a olhar para uma parede enquanto está na fila. Isso significa que quando assistimos à televisão, nosso cérebro funciona muito pouco.
Nesse estado a consciência é muito mais manipulável. Os anunciantes conhecem isso muito bem, e eles veem na televisão seus principais meios de venda. Sob um estado de quase hipnose as pessoas são muito mais influenciáveis porque a capacidade crítica é “adormecida”. Por isso que às vezes queremos comprar mais mesmo quando não precisamos do produto.
Em longo prazo, a principal consequência é a deterioração da capacidade de atenção. O cérebro se acostuma a uma espécie de letargia e isso torna mais difícil concentrar a mente em algo.
Mas isso não é tudo. Vários estudos indicam que assistir televisão aumenta o estado de estresse e irritação, causando um aumento também na produção de colesterol no organismo. Isto é devido à quantidade de “frames” que chegam ao cérebro em pouco tempo. Quatro “frames” por segundo eram transmitidos em uma televisão antiga, enquanto hoje um televisor LED transmite cem “frames” ao mesmo tempo.
Isso significa que o cérebro é literalmente bombardeado por uma infinidade de estímulos. O estresse derivado dessa atividade pode passar despercebido pela consciência, mas não pelo resto do corpo. Se adicionarmos a isso os conteúdos violentos ou altamente tensos o corpo responde produzindo importantes quantidades de adrenalina.
Desta forma, horas em frente à televisão podem ser equivalentes a uma disputa forte. Estima-se que, apenas em crianças, pode-se ter um aumento na produção de colesterol que atinge até 30% após um programa muito violento.
Além disso, essa velocidade na recepção de estímulos pode ser a base da impaciência que é tão comum hoje em dia. O corpo, de uma forma ou de outra, acaba sincronizando com esta velocidade que não permite as pausas necessárias.
A solução para tudo isso reside em escolher um bom livro que é alimento maravilhoso para o nosso cérebro e para nossa alma, diante de um instrumento que pode ser uma pequena caixa de Pandora.
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MMassimo.