Hoje vou lhe mostrar que sua empresa pode ser como a Rolex.
Sei que como eu disse Rolex, você pensou em relógios de luxo, não é?
A Rolex é provavelmente uma das marcas de relógios mais famosas do mundo e quase certamente a mais famosa entre as de alto valor.
Estamos em uma faixa média de 100k.
Fundada em 1905, a Rolex é o maior fabricante de cronômetros certificados fabricados na Suíça e, em 2013, contava com 2800 funcionários e um faturamento de 4,7 bilhões de euros.
Mas você acreditaria se eu lhe dissesse que na década de 1960 era uma empresa qualquer?
Enquanto isso, talvez você não saiba, mas a Rolex é de origem anglo-alemã e não suíça, então dizemos que no início de nossa história, ela poderia ser facilmente considerada como um simples fabricante de relógios, como muitos outros.
Mas algo aconteceu.
Algo que mudou o destino da Rolex e o mundo da relojoaria para sempre.
Em 1969, a Seiko, empresa japonesa de relojoaria fundada em 1881, lançou o 35 SQ Astron no mercado, o primeiro relógio de quartzo do mundo.
De repente, os relógios Rolex, equipados com um movimento mecânico pareciam datados, “simplórios”, quase bijuterias.
Pode parecer estranho para você, mas a ideia de um dos dois fundadores, o Sr. Wilsdorf (o primeiro nome da empresa era justamente Wilsdorf & Davies), era precisamente produzir relógios mecânicos relativamente baratos.
Para dar uma explicação simples, os relógios de quartzo são aqueles que devem ser equipados de uma bateria pequena para funcionar, enquanto os mecânicos são aqueles que devem ser carregados manualmente, girando a rodinha lateral ou através de um mecanismo que tira proveito do movimento do braço.
A Rolex teve que se recuperar e entenderam que precisavam fazer algo drástico e rápido.
Caso contrário, teriam saído de moda sem ainda se tornarem ela.
Poderiam ter seguido o “rebanho” de todos os produtores que se lançaram no Novo Mundo: o quartzo como a salvação do Universo.
Ou não.
Seiko já havia se tornado o líder desse mercado, por tê-los inventado.
Mas, como eu sempre falo aos meus clientes, quando todo mundo faz branco, você tem de fazer preto…
A Rolex começou a sua estratégia mantendo por um período o pé em dois sapatos, por um tempo participando em parte ao desenvolvimento da tecnologia do quartzo.
Inseriu alguns modelos da sua linha nessa tecnologia, mas oficialmente a Rolex decidiu de mudar a praia onde todo mundo queria tomar sol, criando seu próprio nicho.
Qual? Advinha….
Promover o fato de que ter um relógio mecânico era valioso.
Porque traduziu com seu marketing, “mecânico = artesanato, complexidade, valor, perfeição “.
Ter um Rolex no pulso rapidamente se tornou um símbolo de estilo de vida, mas, acima de tudo uma forma de aparecer, se você o tem, você é um cara legal, da alta, que pode, que tem dinheiro.
As pessoas que queriam se sentir legais, que queriam adquirir um certo status, na época começaram a correr para as butiques para agarrar-se a coroa de cinco pontas.
Assim foi como a Rolex se tornou a marca icônica que é hoje.
Qual é a lição que podemos tirar desses alemães, nacionalizados britânicos e depois mascarados de suíços, que faturam bilhões.
Que não é necessário que seu produto ou serviço seja tecnicamente superior para se tornar a “melhor” opção.
Quem manda é a percepção, nunca esqueça isso.
Sim porque ser percebido como “valioso” não tem nada a ver com os detalhes técnicos.
A “Complexidade” pode ser um valor agregado.
Eu não estou dizendo que os relógios Rolex são uma farsa, mas há muita moldura ao redor que faz que a telha seja mais bonita.
O que tudo isso nos faz entender?
Que como sempre não é o preço o verdadeiro problema.
Mas a motivação que está ligada a isso.
Limitar a oferta, por exemplo, é uma ótima estratégia para dar um valor constante e sempre crescente a um produto.
Um Rolex dos anos 70 tem um valor alto porque são feitos em números limitados.
É por isso que a Rolex nunca invadiu o mercado com milhões de relógios, sabe muito bem que a vantagem da marca está na escassa oferta.
A escassez muitas vezes é percebida como exclusividade!
Já pensou em se diferenciar?
Já pensou em como diferenciar a sua empresa do mercado?
Já pensou como é percebido seu produto ou seu serviço hoje pelas pessoas?
Já pensou em oferecer uma percepção mais valiosa?
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