Uma estatística recente do IBGE e do SEBRAE revelou que a maioria das empresas no Brasil é administrada por família ou transmitida de pai para filho de geração em geração.
“Do mercadinho da esquina às grandes redes de supermercado, dos pequenos açougues aos grandes frigoríficos, as empresas familiares são maioria no Brasil.”
Devo admitir, e com grande orgulho, que também sou filho de uma empresa familiar, por muitos anos tenho andado nas pegadas de meu pai, ao longo dos anos tenho conseguido estender as possibilidades no mercado alcançando excelentes resultados até conseguir um bom valor de mercado para poder vendê-la como já, segundo minha análise, pertencente a um mercado já quase esgotado.
As empresas familiares têm muitos aspectos positivos e poucos lados negativos, mais muito importantes.
Hoje, cada vez menos empresas familiares sobrevivem à mudança geracional.
Na base que a certeza de que a transição geracional é sempre um momento delicado para a vida da empresa e que cada empresa administra de forma diferente.
Se os 40% das empresas sobrevivem à passagem de uma testemunha entre a primeira e a segunda geração, apenas os 20% das empresas conseguem subir o próximo passo, chegando à terceira geração.
As razões para essas dificuldades podem ser a falta de comunicação, o equilíbrio não resolvido entre as relações pessoais e profissionais, as visões complementares, mas distantes, energia e novas ideias contra a sabedoria e a autoridade. Muitas vezes, esses são polos opostos que não encontram uma síntese e geram um verdadeiro tabu. Uma grande proporção de jovens empreendedores hoje não fundou a empresa em que trabalham e a transição geracional permanece para muitos deles uma criticalidade não resolvida.
Consequentemente tudo é dividido entre a necessidade de ouvir dicas e conselhos de familiares mais velhos e o desejo de trazer um sopro de novidade no nível de organização, procedimentos e produtos. Muitas vezes os jovens são colocados em posições de responsabilidade cedo demais ou, muito mais frequentemente esperando por muitos anos antes de poder realmente contar na empresa. E é assim que ideias e projetos preciosos são perdidos.
Hoje é cada vez mais necessário separar claramente os interesses da empresa dos da família. A passagem dos pais para o guia de negócios aos filhos é muito mais fácil apenas para as pequenas empresas, para o resto dos casos, é um modelo difícil de implementar ainda mais hoje. Precisamos de empresas que cresçam e que valorizem o capital humano e, os empresários / pais, não devem forçar seus filhos a seguirem seu caminho, no máximo devem iniciá-los e apenas os mais talentosos e merecedores, poderão se tornar acionistas com um papel proativo.
É fato que com um jovem líder aumenta a rentabilidade, especialmente em empresas familiares, de acordo com um estudo feito em uma amostra de 3 000 empresas familiares e tomando como referência o Roe — Return On Equity, surge, portanto, que nas empresas com jovens líderes, com menos de 50 anos de idade, o roe é de 12%, enquanto a média de outras empresas familiares aonde têm um líder com mais de 60 anos de idade é de 8,6%.
Os dados mostram que o tempo de permanência na “cúpula” também é importante. As performances mais brilhantes estatisticamente sao registradas nos primeiros 6 a 10 anos, e isso seguiu um declínio lento. Também por este motivo, determinar a sucessão dentro das empresas familiares ao longo do tempo e com prudência é essencial para evitar a dispersão dos resultados alcançados até aquele momento.
Também está comprovado que as empresas familiares têm uma visão de longo prazo, focada na relação com os territórios em que se instalam e orientadas por maior responsabilidade e sentido cívico, menos redundâncias e incentivos para atingir objetivos de carreira. Enquanto no topo da mudança é necessário melhorar, na gestão de pessoal em empresas familiares, a palavra de ordem é continuidade.
Certamente precisamos de ingredientes fundamentais, como inteligência emocional, definição específica de papéis, consciência de conveniência e oportunidades de trabalhar juntos e muita vontade.
Envolver os filhos porque são um recurso ou simplesmente para garantir um emprego não é suficiente se não amadurecerem a própria disposição de trabalhar juntos. Em minhas experiências, percebi que o fim do ciclo de vida de uma empresa familiar muitas vezes determina um fracasso dos relacionamentos dentro da própria família.
Em todas as empresas familiares é necessário distinguir entre núcleos rígidos e flexíveis. No primeiro, a cooptação dos herdeiros ocorre sem considerar suas expectativas. O herdeiro é uma necessidade, não uma oportunidade, já que é considerado nas famílias do segundo tipo em que o envolvimento dos jovens ocorre de forma voluntária e de acordo com as diferentes habilidades. Se houver um conflito, ele não será ignorado, mas reconhecido e abordada.
Deve-se também afirmar que, às vezes, torna-se impossível administrar relações com um papel racional no qual as influências emocionais e afetivas exercem uma racionalidade limitada, porque variáveis emocionais, históricas, culturais, políticas e sociais assumem uma parte fundamental.
E bom ressaltar o papel feminino nas empresas familiares, mães e esposas, que em muitos casos não trabalham na empresa, têm igualmente um forte papel de mediadoras, dissolvedoras de nós e tensões internas, porque talvez convidem o marido para mudar certas atitudes e, em seguida, explicam para os filhos outras situações.
A continuidade de uma empresa familiar é a soma da transferência de conhecimento, o desejo de ceder, o desejo de compartilhar e uma certa inclinação para orientar os próprios filhos. Isto não é para incentivar uma transição do velho para o novo, mas para construir um relacionamento de cooperação em que todos, pais, filhos, irmãos, até avós e netos, possam trabalhar em conjunto com um câmbio constante que encontra o seu equilíbrio entre à produção de talentos dos jovens e o conhecimento e a experiência dos adultos.
Como falei no começo trabalhei boa parte da minha vida em empresa familiar e estou bem ciente das dificuldades que os empreendedores/familiares enfrentam para dar a continuidade necessária de dirigir uma empresa. Por esse motivo, sugiro que você siga sempre meus artigos e entre em contato comigo se precisar de suporte direto.
Comece agora.
Fique ligado
Até a próxima
MMassimo